Li Os Números que Venceram os Nomes, do Samuel Pimenta, este ano em Fevereiro no desafio Book Vision do Álvaro e do Ludgero do Literacidades e gostei bastante.
Embora seja, no fundo, uma distopia, prefiro classificá-lo como ficção científica. Distopia soa-me a uma realidade nada desejada, porém assustadoramente não impossível.
A acção acontece num futuro distante, em que está comprovada matematicamente a existência de Deus e os homens são obrigados a trocar os nomes por números: nomes de ruas, nomes de países, nomes de pessoas, todos os nomes. Vive-se uma ditadura global, com uma única religião, em que os algarismos definem tudo e todos são controlados.
Um Nove Um Seis é um rapaz solitário, com uma vida tranquila e comum, funcionário de um call center, até que um imprevisto acontece: cruza-se com um gato na rua. Internado e a partilhar um quarto com um velho que fala da resistência ao regime, tenta descobrir quem é, além do número que o define.
Nunca tinha lido nada do Samuel e pouco sabia sobre o livro, apenas que era uma distopia, que as pessoas passaram a ser distinguidas por nomes e que a história começa com a intervenção de um gato. Peca por não ser mais extenso (como eu gostava de ter tido mais páginas para ler!) e reflecte sobre temas da actualidade, mesmo a acção sendo num mundo diferente do nosso.
Melhor do que ter lido o livro e o ter adorado foi ter tido a possibilidade de falar com o Samuel sobre o mesmo, pessoa com quem desde então tenho vindo a ter conversas que me enriquecem enquanto pessoa e a quem agradeço por isso. É o lado bom das redes sociais: as pessoas com coração bonito com quem me tenho cruzado. 🙏🏼🤞🏼
Se não leram, recomendo muito. Sem dúvida um livro da prateleira lá de casa. 🧡📚
Por fim, fica a pergunta ao Samuel: para quando o próximo? 🙃